© Hebrew Union College, cedido por Nuno Guerreiro, de Rua da Judiaria
A 19 de Abril, passarão 500 anos (1506-2006) sobre a data em que Lisboa viveu um terrível e bárbaro acontecimento, que se prolongou por mais dois dias, e onde foram queimadas vivas milhares de pessoas (homens, mulheres e crianças), lançadas à fogueira por uma multidão em fúria. Fúria alimentada pelo preconceito, pela ignorância, pela intolerância religiosa, instigada por oportunismos políticos, religiosos e económicos que culminaram na expulsão dos judeus e mouros e, mais tarde, na Inquisição.
Assim escrevia eu, em 17 de Março de 2006, a propósito do Massacre de Lisboa.
É hora de voltar a lembrar e chamar a atenção para o apelo de Nuno Guerreiro, em Rua da Judiaria, e para os textos que vem publicando: de Salomão Ibn Verger, Garcia de Resende, Samuel Usque, Damião de Góis, Alexandre Herculano e Camilo Castelo Branco.
O anti-semitismo, ainda hoje, em pleno século XXI, suscita ódios e incompreensões, como os que recaíram sobre Nuno Guerreiro na sequência deste seu apelo. É importante lembrar e debater estas situações, pois estes ódios e incompreensões são normalmente gerados pelo preconceito e pela ignorância, muitas vezes no seio de populações que nunca conheceram ou tiveram contacto com qualquer judeu.
Sou leitor assíduo da Rua da Judiaria... sim, nunca será demais lembrar. Até porque a memória é a mais esquecida das coisas!
ResponderEliminarPelo que posso deduzir... recebê-los com «Paz!», não é suficiente... melhor o machado!
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