Lídia Jorge foi a convidada da Biblioteca Municipal de Silves para falar dos livros da sua vida - uma rubrica que integra a animação regular da biblioteca.
Paulo Pires, o animador, abriu a sessão com o seu acordeão e leu alguns textos com a assinatura da autora. A sala estava com os seus lugares bem preenchidos, tendo em conta acontecimentos desta natureza, que não suscitam grande afluência num país onde pouco se lê.
Quem sabe se estas redes de bibliotecas públicas e escolares não abrirão novas perspectivas nos hábitos de leitura dos portugueses?! A insistência na oferta há-de produzir resultados, confio eu.
Lídia Jorge, com a serenidade que a caracteriza, num rit(m)o muito vivo e muito seu, revelador da intensidade com que vive as suas ideias, os seus projectos e a sua visão do mundo e dos Homens, falou-nos, com alguma preocupação didáctica, do seu percurso pela literatura.
Usou "Por quem os sinos dobram", de Hemingway, para nos dizer do seu sentimento perante a leitura e referenciar o iniciar da sua escrita, tentando descobrir as formas, os processos, os jogos emotivos que conduzem a uma história.
Falou depois dos romances onde a história deixa de ser o motivo principal, para se debruçar antes sobre o pulsar das emoções, das circunstâncias, das motivações psicológicas que conduzem e precipitam os acontecimentos da narrativa.
Lídia Jorge foi um livro aberto durante o diálogo que se entabulou, satisfezendo diversas curiosidades dos seus leitores.
Creio não fugir à verdade ao declarar que todos lhe ficámos muito gratos.
segunda-feira, maio 04, 2009
Lídia Jorge entre nós
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1 comentário:
Um abraço com uma inveja saudável.
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