quarta-feira, março 30, 2011

Verde que te quiero verde



(Com um clique pode aceder à imagem ampliada)
(Foto batida a partir do paredão da Barragem do Arade, em Silves, no passado dia 13)

Ocorreu-me o poema de Garcia Lorca. (clique aqui para aceder ao poema)

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segunda-feira, março 28, 2011

Um poema a cada segunda-feira (XIX)




Decidi-me por uma rubrica de poesia à segunda-feira, enquanto assim se mantiver este meu ânimo.


Irei aqui colocando poemas que o critério do momento vier a ditar.





  • Desce do orgasmo
    a mulher que vai a pé.

    Desce as escaleiras para a praia

    esta mulher que vai a pé quando
    abre os braços e
    viaja.

    Alguém que passa de carro
    não percebe os aliviados degraus
    quando a mulher que vai a pé
    vai a pé e viaja.

    Abunda ainda o eco duma levíssima alegria...

    Desce linda do orgasmo
    a mulher que vai a pé
    e viaja.
Rui Dias Simão
Os Animais da Cabeça
4 Águas Editora, Tavira, 2008

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quarta-feira, março 23, 2011

O brilho da LUA


(Lua Cheia no passado sábado à noite)

Estão aí a Lua Cheia e a Primavera.

O fenómeno do passado sábado com a Lua tornou-se um fenómeno social; falaram-me dele várias e diversas pessoas com quem me encontrei ao longo do dia. Estranhei a importância dada ao fenómeno, mas não sou sociólogo, nem antropólogo e muito menos astrónomo ou astrólogo.

Como todos parecemos preocupados com a política, ainda me ocorreu que isto teria a ver com o Sócrates ou a eventualidade de termos que apanhar com o seu sósia, Passos Coelho.

Vá-se lá saber!

Vou antes derivar para a música.

Trago-vos Billie Holiday.

Hoje, para cantar, como já aconteceu noutros períodos em que a forma parece querer suplantar o conteúdo, usam-se artifícios com a voz, mas poucos sabem, como a Billie,  fazer vibrar, de dentro de si mesmos, esta caixa de ressonância do profundo sentir, cantando como quem chora aquela dor que Camões dizia que "desatina sem doer".

(clique acima)


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segunda-feira, março 21, 2011

Um poema a cada segunda-feira (XVIII)




Decidi-me por uma rubrica de poesia à segunda-feira, enquanto assim se mantiver este meu ânimo.


Irei aqui colocando poemas que o critério do momento vier a ditar.




  • PERFÍDIA

    incrível como se ama
    qualquer animal
    recém-nascido.
    por isso, ainda
    que em vão, amamos
    o amor quando nasce, esse
    animal que em criança
    alimentamos,
    e que um dia
    nos comerá o coração.
Tiago Nené
Polishop
Colección PALABRA IBÉRICA, Ayuntamiento de Punta Umbria, 2010

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quarta-feira, março 16, 2011

Ouvir o silêncio



(Com um clique sobre a imagem, obtêm-na ampliada)

 
Enquanto a tarde cerra as suas pálpebras, o silêncio vai invadindo a paisagem.

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segunda-feira, março 14, 2011

Um poema a cada segunda-feira (XVII)




Decidi-me por uma rubrica de poesia à segunda-feira, enquanto assim se mantiver este meu ânimo.


Irei aqui colocando poemas que o critério do momento vier a ditar.






  • de onde a vertigem abrupta
    o resvalar de raízes sedentas
    rápidas
    negras sombras de dedos que fogem
    ao sol rendilhando-se no seu escuro
    servem o desembaraço da procura
    e alcançam
    o hemisfério fértil
    ameno húmido do interior de dentro
    essas mãos loucas que perscrutam
    num violar sedento
    e apalpam as entranhas
    já só se adivinham
    no seu caminho subterrâneo
Pedro Afonso
ainda aqui este lugar
4 Águas Editora, Tavira 2008

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quinta-feira, março 10, 2011

O Sol sabe pintar



(com um clique sobre a foto pode obter uma ampliação)

Em Silves, quando o Sol lança os seus últimos raios ao esconder-se por detrás dos cerros a ocidente, lampejos de tom outonal pintam a paisagem a oriente, em pleno Inverno.

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quarta-feira, março 09, 2011

Tal como as andorinhas



Foram várias dezenas de autocaravanas como estas, predominantemente de holandeses e alemães, mas também de ingleses, belgas e franceses, as que aqui permaneceram ao longo do Inverno, beneficiando da temperatura amena, da verdura do parque, da proximidade do rio, da tranquilidade do lugar.

Poucas restam já.

A alguns dias do equinócio da Primavera, começaram a rumar mais para Norte, buscando nos seus ninhos o calor do lar.

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segunda-feira, março 07, 2011

Um poema a cada segunda-feira (XVI)




Decidi-me por uma rubrica de poesia à segunda-feira, enquanto assim se mantiver este meu ânimo.


Irei aqui colocando poemas que o critério do momento vier a ditar.






  • A tua infância alastra-se em círculos
    como se uma pedra rolasse pela casa.
    Sabes que o lume é feito junto à cama
    e que a inocência se refugia nos armários nocturnos.
    A tristeza arde profunda na doçura e na compreensão
    e o esquecimento inventa o medo em todas as palavras.
Fernando Esteves Pinto
Área Afectada
Temas Originais, Lda., Coimbra 2010

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quinta-feira, março 03, 2011

Reflexos da Crise



Com a "crise", o ritmo de nidificação das cegonhas supera o do trabalho das gruas da construção civil.


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