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Foi desta forma que o escultor interpretou a figura de Al-Mu'tamid.
Estatueta que figura integrada num grupo escultórico da Praça de Al-Mu'tamid, em Silves.
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(V)
Com os Muzain, como referimos no último episódio, Silves afirma o seu prestígio político e cultural:
Yusuf al-Faisuli distingue-se na jurisprudência;
Miriam, sua filha, brilha em Sevilha como poetisa e aí ensina oratória, filosofia e literatura;
Ibn 'Ammar, que estudou direito em Sevilha e Silves, começa a revelar-se como o grande poeta que todos hoje conhecemos;
Muhammad ibn Muzain, familiar do príncipe, foi o historiador de "História da Espanha Árabe", se bem que só se torne famoso depois da sua afirmação por terras de África, em Sevilha e no Oriente. A sua formação inicial, foi feita em Silves;
Abu 'l Qasim al-Qantari foi um famoso colecionador de obras literárias e Silves possuía bibliotecas e livrarias, como informa J. Ribera Tarragó.
Garcia Domingues refere ainda, se bem que não em Silves ou de Silves, duas outras grandes figuras da época: Ibn Darraj al-Qastalli, poeta de Cacela, e al-Alam, célebre filólogo de Santa Maria (atual Faro).
Em 1031 dá-se a queda definitiva da dinastia omíada no al-Ândalus.
Nesse mesmo ano morre o poeta de Cacela, Ibn Darraj al-Qastalli, que tinha sido secretário pessoal de Al-Mansur.
O vazio desse poder dinástico faz surgir por todo o antigo califado uma série de estados independentes, taifas, das quais as mais importantes terão sido as de Sevilha, Málaga, Almeria, Valência, Saragoça e Badajoz. Este período histórico que se segue ao califado é conhecido como o das Primeiras Taifas.
No território que é hoje Portugal há que mencionar as taifas de Santa Maria, Silves e Mértola.
Muhammad Ibn Abbad assume o governo de Sevilha e, em 1040, quando da sua morte, seu filho al-Mu'tadid Ibn Abbad assume o poder deixado por seu pai.
Al-Mu'tadid irá, sistematicamente, virar a sua atenção particular sobre o Gharb al-Ândalus, tentando apoderar-se das taifas de Santa Maria, Silves, Mértola e Badajoz.
Em 1044 conquista Mértola a Ibn Taifur.
Em 1051, depois de várias tentativas, encarregou um exército comandado nominalmente por seu filho Muhammad Ibn Abbad Al-Mu'tamid, com apenas 12 anos de idade, de conquistar o Principado de Silves, governado pelos Ibn Muzain, que se viram assim obrigados a deixar a sua cidade, embarcando no rio Arade a caminho de África.
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Garcia Domingues, História Luso-Árabe, edição do Centro de Estudos Luso-Árabes de Silves, 2010
António Borges Coelho, Portugal na Espanha Árabe, vol. 2 - Editorial Caminho
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Silves, ao tempo da civilização do al-Ândalus (IV)