Prossigo neste doce, preguiçoso e inocente capricho de brincar com as palavras, a que hoje acrescento as imagens.
Pacheco Pereira, que ontem me inspirou este tom, já o abandonou; outras responsabilidades e urgências que eu não tenho.*
Há dias nublados, penumbrentos, frios, tristes, nostálgicos.
Há dias encobertos, chuvosos, pardacentos, húmidos, enfadonhos.
Há dias de sol, limpos, radiosos, quentes, despreocupados.
Há dias a vários andamentos: chuvosos, nublados, mas luminosos, de uma luz que prenuncia a breve chegada do Sol e que, quando as nuvens se afastam, irrompem numa paisagem límpida, em que as próprias cores da natureza ganham outra vivacidade, como se as tivessem lavado e o nosso estado de alma, lavado ele também, ganha aquela alegria que nos traz uma outra vontade de viver.
Esta foto capta um desses dias, no preciso momento em que ainda se ouvem os últimos acordes do adagio que antecede o allegro.
*Afinal, falei cedo de mais. Acabei de verificar que Pacheco Pereira mantém aquele tom nos seus early morning blogs e até enquanto peca conscientemente.
quarta-feira, dezembro 17, 2003
Dolce fare niente
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário