Da minha viagem a Santarém, quero mostrar-vos ainda o belo capitel, do século XII, de que falava em A Xantarim e a Ibn Bassam.
A ideia foi-me suscitada pela contemporaneidade e semelhança temática do poema de Ibn al-Milh, de Silves, que aqui transcrevi no passado dia 3 de Dezembro, e o poema que pretendo transcrever hoje, de:
- Ibn Sara, de Santarém (séc. XII)
A Brisa e a Chuva
Buscas consolo no sopro do vento?
Em sua aragem há perfume e almíscar
Que até ti vem, ataviado de aromas,
Fiel mensageiro da tua doce amada.
O ar prova os trajes das nuvens
E escolhe um manto negro.
Uma nuvem prenhe de chuva
Acena ao jardim, saúda-o
Vertendo lágrimas nas risonhas flores.
A Terra apressa a nuvem
Para que lhe acabe o manto.
E a nuvem com uma mão
Entretece fios da chuva
E com a outra vai-o enfeitando
Com um bordado a flores.
ALVES, Adalberto
O meu coração é árabe
Assírio & Alvim, Lisboa 1987
O meu coração é árabe
Assírio & Alvim, Lisboa 1987
3 comentários:
A modernidade deste poema é espantosa o que me vem, mais uma vez mostrar, que tudo o que é bom é imortal.
Um abraço
Sara
That's a great story. Waiting for more. » »
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