Com o corpo em Sevilha e o pensamento em Silves

Durante o passado mês de Dezembro fui, por mais de uma vez, passear a Sevilha.
É bom percorrer, na margem esquerda do Guadalquivir, as longas avenidas que invariavelmente nos revelam arborizados e ajardinados parques, de lazer e fruição, ou nos conduzem à Sevilha histórica e monumental.

Como é bom passear vagarosamente pelas ruelas estreitinhas da Judiaria ou pelo colorido local do Bairro de Santa Cruz, com os seus pequenos largos, envolvidos por igreja e restaurante, e os seus bares nocturnos com flamenco ou a onda mais groove da música de dança da nossa contemporaneidade!

Como é divertido, em tempo de almoçar, conseguir prender a atenção do empregado de balcão, no meio do bulício, para que nos sirva algumas das variadíssimas tapas e as amargas e refrescantes cañas!

Como é agradável mergulharmos no meio da multidão de espanhóis e turistas que acorrem às lojas comprando roupas e jóias e perfumes e sapatos e...
de marcas reputadas, ou sentarmo-nos paulatinamente numa esquina de rua com vista sobre a Catedral, num dos vários Starbuck Cafés estrategicamente colocados!

Como é gratificante prender o olhar sobre a majestosa Catedral de pedra, madeira e prata e a sua Giralda almoada, contemporânea das torres albarrãs do Castelo de Silves!

Que prazer, o de visitar, mais uma vez, e querer regressar de novo ao Alcázar, e descobrir então, nas enormes salas do Palácio de Carlos V, entre as tapeçarias que cobrem as suas paredes, alertado pelos olhos atentos de uma amiga...



... um grande mapa, curiosamente invertido, talvez porque o chefe tecelão não o soube interpretar, onde figura, entre as terras do nosso Algarve, a minha cidade - Silves!