Percorrendo toda a página frontal deste meu blog, notei que nela não figurava nenhum poeta de Silves, nem tão pouco do Al-Ândalus.
Corrigindo esta situação que, creio, nunca antes tinha acontecido, aqui está um poema de Ibn Habib, ao tempo da Silves almorávida (*):
A SILVES
Ó Dona dos Corações, em ti talvez
Esteja a causa do tormento do cantor
Diz adeus a quem te quer, inda uma vez,
E que, sem ti, por nada sente amor.
É que, se acaso, longe surges na lembrança
Por ti choro, Silves, pranto de criança.
O meu coração é árabe
Assírio & Alvim, Lisboa 1987
(*) Os almorávidas formavam uma tribo que, a partir do norte de África, invadiu a Península, nos finais do séc. XI, numa onda de "purificação" político-religiosa, instalando-se no poder após o derrube dos pequenos reinos independentes (taifas), entre os quais o do poeta Al-Mu'tamid, nascido em Beja, governador de Silves e, mais tarde, senhor de Sevilha, deportado para Agmat, perto de Marraquexe, na sequência desta invasão.
(Nota do apostdador)
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