Citando José Carlos Barros, com um excerto de um belo texto que um dia escreveu a propósito deste blogue - «É verdade que somos vizinhos. Que é mais fácil tropeçarmos assim nesse fio quase invisível de cumplicidades...» - posso assegurar que fiz todo o esforço para me distanciar dessas circunstâncias da vizinhança e da amizade e, mesmo assim, fui tomado pela fúria que o prazer instiga, deliciado numa escrita a que me abandonei, na descrição tão topológica dos lugares e tão profundamente psicológica na análise das motivações dos personagens.
O Prazer e o Tédio...
...agora publicado pela Oficina do Livro, é um romance como há muito não lia, como se as paisagens, os lugares, as pessoas tivessem vida e nós, como um deus sobranceiro, ficássemos a observar a dúvida e a certeza, a alegria e a tristeza, a decisão e a cobardia, a bondade e a malvadez, o ódio e o bem-querer, o amor e o sexo, a pele e o corpo, o prazer e o tédio.
Muito vivamente aconselho a leitura aos que sabem ou desejam saber o que é mesmo um romance, que não essa coisa aligeirada a que dão o mesmo nome, com a mesma desfaçatez com que os empilham nos escaparates de algumas livrarias e nos supermercados.
P.S.
Este romance começou por ser um folhetim, publicado entre Fevereiro de 2008 e Janeiro de 2009, no blogue - Casa de Cacela - e onde JCB já iniciou dois outros folhetins.
1 comentário:
Obrigada pela dica.
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