É para essa conflitualidade que vos quero chamar a atenção neste período de entorpecimento morno e balofo, tão característico desta febre consumista que só não esquece o próximo por "caridade", tão ávidos andamos na busca da "paz, da felicidade e da harmonia".
- O que é preciso é sorrir, não é? Rir faz bem. Não me venhas para cá com tristezas!
O primeiro testemunho é de um poeta e amigo, a quem pedi para transcrever este seu poema:
Por muito que renasças e redigas
tudo quanto disseste há dois mil anos,
por muito que, por cima das intrigas,
das falsidades e dos desenganos,
a tua voz de novo se levante
e fira os vendilhões e os tiranos,
por muito que, outra vez, o galo cante,
anunciando a luz de mais um dia,
o presépio que o mundo te há-de dar
esconderá sempre, implacável e fria,
a cruz em que te vai crucificar.
O segundo testemunho é de um músico e cantor que muito prezo e que embora neste seu trabalho se refira à realidade do seu país, reflecte bem a influência do meio social e as grandes divisões e conflitos instalados na sociedade.
Nota:
O título da canção - O Herói - de Caetano Veloso, vem adulterado pela ausência do ó (acentuado), pois em locais de expressão anglo-saxónica estes símbolos gráficos não existem.
Saibamos manter os olhos abertos para o que nos rodeia e... até 2008, muito provavelmente!