segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Um poema a cada segunda-feira (XV)




Decidi-me por uma rubrica de poesia à segunda-feira, enquanto assim se mantiver este meu ânimo.


Irei aqui colocando poemas que o critério do momento vier a ditar.




  • Hoje aconteceu-me uma coisa extraordinária,
    acordei a sonhar, ou talvez tenha adormecido acordado,
    não sei, a vida é muito complicada, sobretudo quando se
    procura uma explicação para tudo e não se aceita o
    mundo tal e qual como ele é. O problema é que o mundo
    não se explica com facilidade (a relação causa e efeito
    está caduca e a teoria das catástrofes não passa de uma
    ferramenta) e, por outro lado, a vida, essa, limita-se a
    acontecer e nada mais. No meio de tudo isto não se
    admirem que eu avance, com cautela, entre o sonho e a
    realidade.

Luís Ene
Muchas veces me sucede olvidar quien soy
Colección PALABRA IBÉRICA, Ayuntamiento de Punta Umbría, 2006

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quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Vida adiada



(ao clicar obtém uma foto de maior dimensão)

Vida adiada.
Cais vazio, sem partida nem chegada.

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quarta-feira, fevereiro 23, 2011

KADAFI you are a KILLER



(Foto copiada do jornal "Le Monde")

Mais de trezentos mortos é um banho de sangue e não há razão nenhuma que o justifique.
Tanto se fala da pressão internacional. Vejamos para que serve.

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segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Um poema a cada segunda-feira (XIV)




Decidi-me por uma rubrica de poesia à segunda-feira, enquanto assim se mantiver este meu ânimo.


Irei aqui colocando poemas que o critério do momento vier a ditar.





  • [era no tempo dos livros]

O poema até poderia ter sido transcrito para aqui, mas não o quis fazer.
Prefiro que seja lido na fonte, onde pela primeira vez o li.

Sigam este link (clique),  por favor.
José Carlos Barros
Casa de Cacela

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quinta-feira, fevereiro 17, 2011

A argola de ferro



A argola de ferro prende ao cais os meus sonhos de viagem.

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segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Um poema a cada segunda-feira (XIII)




Decidi-me por uma rubrica de poesia à segunda-feira, enquanto assim se mantiver este meu ânimo.


Irei aqui colocando poemas que o critério do momento vier a ditar.





  • Vinhas,
    beijavas-me,
    dávamo-nos as mãos.
    Depois olhávamos distraídos a fresca alegria do vento
    entre as alamedas e o mar.
    Corria, muito lenta, essa brisa benfazeja.
    Trazia-te histórias de princesas e palácios,
    lendas de reinos de longe e de navios de outrora.
    Nos teus olhos e nos teus cabelos douravam-se
    as fantasias distantes e o nítido recorte das ilhas
    dormindo o horizonte.
    Dizias-me então as luas velhas e as marés,
    nessa hora em que passavam na nossa alma
    os grandes veleiros, cisnes de fogo e levante
    no tropel dos meses.
    Uma canção de marinheiros vinha, muito mansa,
    sobre as águas, visitar-nos.
    O céu jade, fugaz como um amor jovem, cavalgava
    a paz de cada fim de tarde.
    Onde, agora, esses tempos que sabemos que existiram?

Fernando Cabrita
Doze Poemas de Saudade
4 Águas Editora, Tavira 2008

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sábado, fevereiro 12, 2011

Os egípcios têm a esperança entre mãos



(A praça Tahrir, a  da Liberdade. Foto copiada de Al-Jazeera)

Os egípcios têm agora a esperança nas suas mãos e eu estou cheio de esperança no molde plural que hão-de aprender a fabricar.

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segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Um poema a cada segunda-feira (XII)




Decidi-me por uma rubrica de poesia à segunda-feira, enquanto assim se mantiver este meu ânimo.


Irei aqui colocando poemas que o critério do momento vier a ditar.





  • ... / ...
    Subiram os óleos da terra
    Minha mãe de azeite
    Desceram estrelas do céu

    Verdes sereias
    Vinhos rubros
    Vinhos de areias
    Minha mãe de pão
    Minha mãe de broa
    Teu corpo falou
    Tudo embranqueceu
    Teu corpo dansou
    Aconteceu

    Conchinhas do mar e das ruas
    Peixe de estrela e de terra e deserto
    E vem maresia
    Volvendo do mar
    Maria Maria
    Teus lábios molhados
    Os de beijos meus
    Maria baiana
    Ana de frôr de concha sereia
    Maria baiana
    Estremeceu...

    ... Eu loira e morena
    Xarém e vieira
    Jagunço na ialva
    Meu doce que brigo
    Bravura do céu
    Destemor antigo
    Desfraldou caravela
    O sangue brotou
    A rosa vermelha
    Seu rosto marcou
    Rosto de canela
    Vermelho de sangue
    Coração bateu
    Bateu uma vez
    Os braços ergueu
    Bateu outra vez
    Electro-rangeu
    Bateu a terceira
    Menino brincou
    No seu coração
    Sonho meu
    Sonho seu
    Iemanjá
    Maria
    Sinhá
    ... / ...

Francisco Palma Dias
Excerto de ODE IMPERIAL
Guimarães Editores, Lisboa 1983

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quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Que o Ano do Coelho seja um ano de liberdade


(Foto copiada de China.Org)

Com a Lua Nova,  os chineses dão início às comemorações do Novo Ano, o de 4648 da sua era.
Corresponde na sua cultura a um dos seus 12 signos (como no Zodíaco), que recebem nomes de animais. Este irá ser o Ano do COELHO.

O meu voto das maiores felicidades a todos os chineses.

Os recentes acontecimentos, primeiro na Tunísia e agora também no Egipto e noutros países do Médio Oriente, com estas revoltas populares a reivindicar o fim das autocracias que os dominam há demasiado tempo, numa ânsia enorme de liberdade, trouxeram-me à mente os horrores da Praça de Tiananmen em 1989.

O caos que hoje se instalou no Cairo, fez-me recear o pior.

Estas sociedades sem liberdade, na China, no Egipto, onde quer que existam, são capazes de tudo para manter o status quo.

Remeto-vos para A Terceira Noite (clique), que comenta um artigo de Bernard Guetta no Libération, precisamente sobre esta situação que não se sabe como irá terminar e que tanta esperança despoletou.

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