sexta-feira, agosto 22, 2008

Férias em Agosto


Até Ibrahim Bates, meu avatar na Second Life, foi de férias em Agosto, como se pode comprovar pela foto abaixo, onde nos surge como peixe na água e a plenos pulmões.

segunda-feira, agosto 18, 2008

A "Feira Medieval" passou por aqui

Pormenor do cortejo medieval, Silves, 2008, © António Baeta Oliveira
Há anos que, por esta ocasião, costumo aqui deixar a minha crítica.
Como nada de fundamental se alterou, não mais insistirei na "vaca fria". (Os interessados podem procurar referências nos arquivos dos anteriores meses de Agosto).
Permito-me, no entanto, referir que este ano se notou menos a participação popular no que se refere à utilização das vestes medievais, que era, na minha opinião, a característica mais distintiva desta feira em relação a todas as outras que conheço. A justificação para essa menor participação pode relacionar-se com a ausência de "roupeiros reais", bem visíveis, nas artérias que confluem à maior zona de acesso - O Largo do Município - até porque 3 roupeiros para uma feira que, segundo os dados da autarquia, recebeu uma média de 30 mil visitantes/dia é mesmo muito pouco.

É claro que gostei, é claro que me diverti, é claro que isto é muito bom para a vida económica da cidade e é claro que espero sempre que as referências identitárias da história local tenham uma melhor oferta. Também é certo que receio que a feira exceda a sua capacidade e não satisfaça as expectativas, sempre crescentes, de quem nos visita.

Uma nota final e muito especial ao empenho, à boa vontade, à simpatia, à disponibilidade dos funcionários da autarquia durante este período, num desempenho que, além do seu profissionalismo, se excede pelo vincado entusiasmo pela sua cidade.

terça-feira, agosto 12, 2008

MAPA, de certa maneira

Ontem à noite dei um salto a Faro.
Fui ao encontro de amigos, visitar a Feira do Livro e, no fundamental, assistir ao lançamento da publicação que a imagem abaixo documenta e cuja divulgação o Sulscrito (Círculo Literário do Algarve) (clique) apoiou.

MAPA, de manuel a. domingos, poesia, Livro do Dia
manuel a. domingos, assim assina, é meu amigo, autor do livro e do blog meia-noite todo dia (clique)

Nasceu em Manteigas. Publicou em 2002, o livro Entre o Silêncio e o Fogo (poesia), pelo Aquilo Teatro (Guarda). Foi colaborador do DN Jovem e da revista Rodapé (Biblioteca Municipal José Saramago - Beja). É colaborador da revista on-line de micro narrativas Minguante (www.minguante.com). Tem colaboração dispersa em várias revistas: Praça Velha (Guarda), Palavra em Mutação (Porto), Sulscrito (Faro) e Big Ode (Lisboa). Está representado na antologia de micro narrativas Contos de Algibeira (Porto Alegre, Brasil). É co-autor (com António Godinho) da peça de teatro Eu queria encontrar aqui ainda a terra, estreada no Teatro Municipal da Guarda.

Deste seu livro transcrevo um poema que me dedicou e a um outro amigo comum, como um dos percursos deste MAPA que ontem apresentou em Faro:

  • Silves

    ao António Baeta e ao Manuel Ramos

    há muito que o castelo
    deixou de proteger
    contra o invasor do norte.
    o tempo do rei-poeta
    existe apenas nos seus versos.
    agora, só resta a memória
    desses dias. mas a palavra
    moura ainda resiste
    na terra cor de sangue,
    nas amendoeiras em flor,
    no silêncio quente
    das noites de junho.

manuel a. domingos
MAPA
LIVRODODIA EDITORES, Maio 2008

quarta-feira, agosto 06, 2008

O Porto do dealbar do século XX

O Porto do início do século passado é ainda uma presença importante a marcar o carácter desta cidade; o seu centro histórico preserva muito do património desses tempos de acumulação da riqueza rural, nomeadamente a que se relaciona com a produção e comercialização do reputadíssimo Vinho do Porto.
O grande desafio é o de saber adaptar esta cidade às imposições e necessidades da contemporaneidade sem que perca o seu estilo, a sua vida.
Livreria Lello, Porto, © António Baeta Oliveira

O que seria do Porto sem edifícios como o da Livraria Lello e o deslumbramento dos seus trabalhos em madeira, mantendo-o com a vida que ainda hoje possui, num corrupio permanente de actividade!?
(Não perca a visita virtual que lhe proponho no link acima)

Café Majestic, Porto, © António Baeta OliveiraE que dizer da ambiência requintada do Café Majestic (utilize o link) e do excelente serviço que proporciona, depois da intervenção que lhe restaurou o brilho de outros tempos!?
Salão Árabe do Palácio da Bolsa, Porto, © António Baeta Oliveira
Oh!!
E o revivalismo orientalista do Salão Árabe do Palácio da Bolsa!? (clique)
Se for ao Porto, não perca estas preciosidades e muitas outras a que aqui não fiz referência, pois desta vez o tempo não deu para mais.
Voltarei!

domingo, agosto 03, 2008

Regressar ao Porto...

Regressar ao Porto tem muito deste reencontro com uma época que findou, mas aonde ainda persistem estes lugares de nostalgia, com utilidades para uma velha peça desgastada pelo tempo, para o restauro de uma lembrança de família que deixou de funcionar, para o parafuso, a moldura, o caixilho, a caixa debruada a estanho com relevos de rosas, vides e dizeres que o tempo esqueceu...






... e as colchas bordadas, os lençóis de linho e suas rendas, as toalhas, os guardanapos, os tecidos que o tempo já não tece.