O Centro Social e Cultural de Imzúren foi pequeno para acolher a autêntica multidão, de gente de todas as idades, que queria assistir à homenagem pública a um dos seus conterrâneos - Ahmed Tahiri - na forma de um Encontro Internacional sobre o Rif na História e na Civilização.
Fiquei verdadeiramente surpreendido com o afluxo de tanta gente a um acontecimento cultural e senti-me comovido ao deparar com a espontaneidade e a sincera alegria que eclodia dos rostos de muitos dos adolescentes presentes, orgulhosos de um dos seus, ao escutar do que dele diziam os conferencistas que ali se deslocaram, provenientes de vários países e continentes.
Ali o ídolo não era do mundo da música, da moda, do cinema ou da televisão, não era um ricaço ou um político, mas um intelectual dedicado e um amante da sua terra e da sua gente.
Esta atitude foi manifesta, não só na sessão inaugural, mas também durante as longas sessões, de conferencistas que lhes traziam novidades interpretativas sobre os factos da sua História, da sua Geografia, da sua Antropologia... da civilização que os torna tão peculiares.
Ocorreu-me frequentemente comparar esta avidez e curiosidade intelectual com a dos nossos jovens, tão alheios ao mundo dos adultos.
Aqui houve sentido comunitário. Aqui a comunidade funcionou, para além da política e dos políticos, da religião, da moral e dos costumes, da polícia e da arbitrariedade repressiva.
quarta-feira, abril 22, 2009
Sentimento de pertença
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