quinta-feira, agosto 26, 2010

Vida de pombo



É quando do último olhar do sol que me recolho aos lugares elevados, aos telhados e aí repouso, recuperando forças para mais um dia de labuta: na demarcação do território, na busca de alimento, nos rituais de acasalamento e, só quando a época chegar, no fugaz prazer dos atos de procriação.

Os poetas é que usam os voos do meu dia-a-dia como metáfora para os seus sonhos de liberdade.

O dia-a-dia do pombo é feito de repetição e instinto.

Sigo os sinais do sol e a vastidão do céu e da terra.

2 comentários:

hfm disse...

Há instintos que mais parece sabedoria.

luís ene disse...

repetição e instinto é do que é feito o poema :)