segunda-feira, janeiro 23, 2012

Um poema a cada segunda-feira (LXII)



O Público divulgou, há alguns anos, uma série de antologias de poesia que encomendara a certas personalidades da vida portuguesa não diretamente relacionadas com a literatura.

É desse manancial que esta rubrica se irá sustentar por algum tempo, confinando-se as minhas escolhas às opções dessa personalidades e a poetas que viveram, ou ainda vivem, sob o bafo civilizacional do séc. XXI.

A primeira vaga proveio da safra de Mário Soares, a que se seguiu Miguel Veiga.
Prossigo, agora com Diogo Freitas do Amaral..


  • É PRECISO UM PAÍS

Não mais Alcácer Quibir.
É preciso voltar a ter uma raiz
um chão para lavrar
um chão para florir.
É preciso um país.

Não mais navios a partir
para o país da ausência.
É preciso voltar ao ponto de partida
é preciso ficar e descobrir
a pátria onde foi traída
não só a independência
mas a vida.



Manuel Alegre
Os poemas da minha vida
Diogo Freitas do Amaral
Público, Lisboa 2005

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1 comentário:

hfm disse...

Só hoje consigo comentar. Ontem a minha net ou não existia ou era fantasma e não conseguia vermais do que o fundo acastanhado do teu blogue.

Valeu o regresso. Obrigada.