quarta-feira, abril 14, 2010

Há velhos ao Sol nos bancos dos jardins


Velhos ao Sol, Silves, Abril 2010
Eu sei que nasci num país onde os velhos são deixados nos bancos dos jardins.
Sei que mal sei aparelhar as letras para uma leitura em que entenda o que está escrito no jornal.
Sei que a reforma me vai dando para comer e para um cigarrinho, mas receio uma doença e não tenha dinheiro para os remédios.
Sei que a família me vê como um estorvo e me trata como uma criança, apesar da sinceridade do amor que têm por mim.
Mas, amigo, ainda gosto de sorrir à vida de cada vez que, pela manhã, ponho os pés assentes no chão e me firmo em pé.

1 comentário:

Carpe_Diem disse...

E ainda dizem que somos um pais desenvolvido, quando abandonamos os
os nossos velhos nos bancos dos jardins solitarios, sem algo que lhes preencha o seu quotidiano, mas pior que isso ainda é a familia quando os deixa sozinhos nas suas casas ou em lares e só os vão visitar quando morrem para ver se tem alguma coisa para receber ou quando ou só os visitam para lhes esturquir os ultimos centimos do mês...

Vergonhoso mas acontece muito por este pais fora, especialmente nas regiões deprimidas como o algarve interior e o alentejo...

Um abraço amigo