Hábitos de vida urbana, de compras no supermercado, fazem-nos esquecer que também há vida fora das cidades.
O campo, na maior parte das vezes, só nos surge aos sábados, nas cidades de província, no mercado dos produtos mais tradicionais.
No passado fim-de-semana, em Silves, decorreu uma feira, dita de Património e Tradições, denominada RURALIDADES, já na sua 3ª edição.
Fiquei agradavelmente surpreendido pelo aparato e organização.
No interior do pavilhão o artesanato, os produtos rurais, a gastronomia, os recentes vinhos da região a tentar conquistar mercados... lugar ainda a debates e conferências.
No exterior a vida animal, como este burrinho, em vias de extinção, ou esta ovelha, a que se "despe o casaco"...
... e outros animais como cavalos, cabras, vacas, patos, coelhos, galinhas... bem como um espaço dedicado à casa algarvia...
...e a sua colorida decoração, ou a mostra dos utensílios e produtos tradicionais, na sua variedade.
Ainda uma "maia" (boneca que se usa construir pelo 1º de Maio), no acto de passar a ferro, com aquecimento a carvão.
Diversão em volta de uma prova hípica de perícia, designada como equitação de trabalho, pela tarde.
Pela noite houve lugar ao fado, com Carminho, e a música de expressão folclórica, de proveniência cultural oriunda de países do leste europeu, que muito influencia já certas camadas de jovens menos conotados com a música dita comercial, e de que os Melech Mechaya são o agrupamento musical português mais conhecido e representativo.
Uma feira a chamar a atenção para a riqueza e potencialidades da serra algarvia, depois da vaga de incêndios de verões passados e de certa desarticulação económica face à invasão de produtos provenientes do mercado europeu, a preços mais concorrenciais, de que a quebra de produção de citrinos é o caso mais gritante e evidente.
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