Regresso à abordagem da exposição em título, que visitei há alguns dias atrás, depois de ter iniciado a rota da Rede de Museus do Algarve e da múltipla exposição Do Reino à Região.
As exposições em geral, como ato cenográfico de disposição de peças no intuito de prender a atenção do visitante, jogam, como aliás todas as formas de expressão artística, com o intelecto, mas sobretudo com as emoções. E as emoções jogam com o nosso subconsciente e o nosso imaginário.
Isto para vos dizer que foi com imensa emoção que visitei esta exposição, particularmente quando me deparei com esta lápide, encontrada em Silves em 1874, por ocasião da abertura de uma estrada para o novo cemitério (o antigo cemitério ficava nas traseiras da Sé, no local onde hoje existe o Café Inglês).
A lápide é comemorativa da construção de uma torre, que deve corresponder à da Porta do Sol ou de Loulé, alguns metros à frente do Mirante.
Recordo a marcação que existe no local onde foi encontrada, posta a descoberto aquando de uma intervenção urbanística logo nos inícios do POLIS.
A minha foto não faz jus à beleza da peça, pois foi batida sem adequadas condições de luz, mas ei-la!
É uma peça encontrada em Silves, mas depositada no Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique, em Faro.
Não quero fomentar guerras sobre quem é ou deve ser o fiel depositário, mas na eventualidade da construção de uma réplica, seria com bom grado que veria esta peça colocada no sítio onde foi encontrada, enquadrada numa musealização em conformidade, "democratizando" o seu acesso a todos os silvenses e a quem nos visita.
Queria falar-vos um pouco mais sobre histórias associadas à peça, mas o texto vai longo e creio que ainda virei a ter oportunidade para o fazer.
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