A câmara do meu telemóvel registou esta cenografia, como uma paisagem de neve, na 2ª parte, após o intervalo, da peça de teatro A Mata, produção de Artistas Unidos, com o Det Apne Teater e o Chapitô, texto de Jesper Halle e encenação de Francisca Aarflot.
Em breves 2 horas e 20 minutos, os miúdos do Chapitô prenderam-me na sua esfusiante alegria, na surpresa da inocência das suas interrogações e dos seus medos, na expressão plástica dos seus gestos e acrobacias, na sensibilidade que sabem imprimir à reprodução do texto. Dependurados em árvores feitas trapézios de circo, suspensos na teia metálica que envolve toda a cena, como uma floresta, voando sobre o palco balanceados em cordas, dançando ao som de ritmos quentes, estilizando combates corpo a corpo, estes adolescentes oferecem-nos, oferecendo-se, o prazer estético do teatro.
A Mata é o desconhecido, o outro mundo, proibido, porque diferente do dia-a-dia do bairro e do seu convívio. É o apelo do misterioso, o desejo do conhecimento, a descoberta de cada um no contacto com os outros, do seu corpo e dos seus limites, dos tabus sociais; é a jornada que a todos nos compete cumprir nesta condição de ser humano.
terça-feira, julho 11, 2006
Rescaldo da ida a Almada (1)
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2 comentários:
This is very interesting site...
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Dou-me por privilegiada ao poder receber este seu feed back da peça.
Fui uma das muitas pessoas que contribuiu para a criação desta peça. Fico contente,ao saber que gostou.
Obrigada.
Os melhores Cumprimentos Ana Duarte..
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