quarta-feira, maio 14, 2008

Já com Londres à distância

Instalação de Doris Salcedo na Tate Modern, Abril 2008, ©António Baeta Oliveira
Apesar do distanciamento que o tempo gera, não resisto em trazer-vos o que já não podereis ver no mesmo local, porque se tinham iniciado os trabalhos de remoção quando regressei à Tate uma segunda vez: esta enorme fenda, uma instalação da colombiana Doris Salcedo, no grande átrio de entrada da Tate Modern, a provocar pânico ou estupefacção.

Mas o que vos queria mesmo referir foi a promessa que vos deixei, de voltar a comentar sobre a minha visita a Londres, para vos mencionar os impressionistas, que tanto amo.
Por isso mesmo não pude perder, na Royal Academy of Arts, a exposição temporária, que também lá não mais existe - Fom Russia - com as obras primas da pintura da França e da Rússia (1870 - 1925), deslocadas para esta exposição a partir dos museus de Moscovo e São Petersburgo.
Inesquecível!
Não pude fazer fotos, mas felizmente, porque nos últimos dias, consegui o catálogo por um preço acessível á minha bolsa.

Vi também outras obras de Monet, de Degas, de Renoir... na National Gallery e Monet de novo, na sua fase do expressionismo abstracto, na Tate Modern.

La Loge, de RenoirVisitei ainda a Courtauld Gallery, na belíssima Somerset House, em busca de uma exposição temporária - Renoir at the Theater - que reunia pinturas de Renoir e outros autores, nomeadamente Degas, bem como outras obras e documentação variada sobre a vida mundana relacionada com o teatro, e tendo como peça central este quadro de Renoir que a minha objectiva guardou, com autorização expressa do vigilante de serviço, mas sem flash.

Auto-retrato, Van GoghE foi ali, na Courtauld, que mais me impressionei com a variedade e qualidade dos pintores do final desse século XIX e inícios do século XX, na exposição permanente mais representativa desse período que alguma vez pude observar e onde me permitiram reter, na minha "câmara obscura", este auto-retrato de Van Gogh.
Ali, postados na minha frente, por tanto tempo quanto quis, enchendo-me de uma alegria e de um prazer enormes, que não sei descrever, mas vos traduzo numa citação de Picabia (1951), exposta numa parede da Tate, que anotei e agora transcrevo:

I've always loved to amuse myself seriously.

1 comentário:

hfm disse...

Saudades.