Gosto de te ver assim à luz ténue do fim de tarde, quando esse raio de sol te ilumina e em ti se definem a luz, a penumbra e a sombra.
Gosto de olhar as tuas pedras e perceber que as há das mais antigas às mais modernas.
Gosto de saber que aí estás há séculos e que já por ti passaram as gentes mais remotas e mais estranhas.
Gosto de pensar que serias capaz de recordar os que por aqui passam frequentemente e que depois se vão sem mais voltar.
Gosto da forma como resistes ao tempo, apesar das alterações para te adaptar às circunstâncias
Gosto de por aqui passar desde o primeiro dia em que o fiz, ao colo da minha mãe, a caminho da Sé, para me batizar.
Gosto de recordar o tempo em que passava por ti todos os dias a caminho do Colégio do Padre Oliveira e ao domingo para ir à missa.
Gosto de passear para cima, para baixo e subir ou descer, saindo ou entrando pela direita ou pela esquerda.
Gosto de esclarecer que a tua arquitetura se deve aos alarifes almoadas, esses mesmos que construíram a Giralda de Sevilha e a Cotubia de Marraquexe.
Gosto de caminhar por dentro de ti com o meu Doggy.
Gosto de ti.
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