segunda-feira, fevereiro 17, 2014

As casas mortas têm vida




Foto batida através da porta de entrada do edifício.

Desde miúdo que conheço o edifício, no início do Largo dos Mártires da Pátria, para quem vem da Miguel Bombarda.

Hoje em dia revela exteriormente estar desabitado, aparentando abandono, mas ao espreitar por entre um dos postigos da porta, deparei-me com esta situação de completa ruína e fiquei estupefacto.

Conheci os que cá moraram. Ainda nestes últimos dias me veio parar às mãos uma fotografia do Sr. Hermenegildo, no castelo, no dia do nevão de 2 de Fevereiro de 1954.

Revivi situações e pus-me a pensar nas pessoas, no ambiente da casa, na vida interior, nas divisões, na sala, no escritório, na cozinha, cruzar-me com eles na rua, cumprimentarmo-nos, parar para conversar, beber um copo no "Mocho", mesmo em frente.

O Francisco era mais novo do que eu, mas nos últimos tempos, antes de nos deixar de vez, tivemos uma época de muita proximidade. Faleceu inesperadamente. Creio que já só resta o irmão mais novo, advogado em Lisboa, que há muito tempo não vejo.

Esta casa voltou a ter vida hoje na minha memória. 

1 comentário:

Carpe_Diem disse...

Excelente .... a natureza é mesmo assim, não perde tempo volta a tomar conta do quue é seu, muito bom ...:)