Por muito que se saiba que se vive sobre uma falha geológica, que de vez em quando sejamos sensíveis a um outro pequeno sismo, que nos falem de tremores de terra de há uns anos atrás ou do Terramoto de 1755, creio que nada se equivale à situação de ter testemunhos diários da presença vulcânica activa, como pude aferir aqui, na ilha Terceira.
Mesmo assim, com os fumos constantes, o coberto vegetal tapado de enxofre (presumo eu), a terra quente ao toque da mão, estas evidências diárias fazem parte da rotina da vida de um açoriano e são, para eles, fenómenos muito vulgares.
Já me referi ao verde, à bruma, ao mar... mas o vulcanismo só se me patenteou quando deixei os circuitos urbanos de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória e visitei o litoral e parte do interior da ilha.
É um mimo, um primor, apreciar o cuidado que se dedica às pequenas coisas, às casinhas pintadas e arrumadas, aos "impérios" do culto do Espírito Santo, à oferta gastronómica (do marisco ao peixe e às carnes, da manteiga ao queijo, dos vinhos aos licores e aguardentes), às estradas em bom piso, aos campos verdes a perder de vista e às vaquinhas que neles pastam, e ao mar.... sobretudo ao mar.
Deixo-vos com estes apontamentos de uma visita à Ilha Terceira e com algumas fotos de Fora de Angra (clique) num passeio em todo o seu perímetro, que culmina em Praia da Vitória e Monte Brasil, já de retorno a Angra do Heroísmo.
terça-feira, novembro 20, 2007
Passeio pela Ilha Terceira
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Excelente testemunho de um encantamento inevitável, Toy.
Incansável contador de histórias!
De Angra guardo na memória uma Farmácia a que tive de recorrer, na rua que conduz ao mar. Antiga. Belíssima. O balcão de atendimento era uma grelha em ferro forjado com madeira em cima a todo a largura da Farmácia.
O meu medo é que, quando voltar, ela tenha desaparecido na voraz modernidade.
Torquato
Obrigado, amigo.
Helena
Pena não ter sabido da farmácia ou se o soube, porque algo tilinta aqui dentro nesta cabecinha, ter perdido ocasião de a ver.
Confio, no entanto, e pelo que me pude aperceber, que essa voraz modernidade não tenha ainda atingido o centro histórico de Angra.
Um beijo amigo.
Enviar um comentário