quinta-feira, novembro 07, 2013

Património silvense (IX)




Ermida de Nossa Senhora dos Mártires





Conta a tradição ter sido mandada edificar por D.Sancho I, após a conquista de Silves, para aí sepultar os guerreiros cristãos mortos durante a luta, em lugar supostamente exterior às muralhas da medina, donde a designação de ermida.

Foi consagrada a Nossa Senhora dos Mártires.


Apresenta dois períodos reconstrutivos diferentes.



O manuelino, no séc. XVI, com um arco triunfal quebrado que dá acesso à capela-mor, coberta por abóbada artesoada, onde enquadra um retábulo seiscentista, protobarroco.



No exterior da capela-mor são manuelinos os merlões...





















... e as gárgulas, de aparência tenebrosa.








Outro período reconstrutivo data de 1779, pós-terramoto, que obrigou a refazer a fachada principal, com um pórtico de estilo barroco (rococó) muito semelhante ao da Porta do Sol na Sé Catedral.



O portal é ladeado por duas janelas de moldura tetralobada, encimado por um óculo de idêntico perfil.




Lamento a ausência de fotografias do interior, que não pude captar em tempo útil, agora que esta Igreja deixou de desempenhar as funções associadas às cerimonias funerárias.


Quero referir ainda a existência de um fecho de abóbada, exibindo um camaroeiro, emblema da Rainha D. Leonor, a quem pertencia a cidade de Silves.




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Bibliografia:

Radix - Ministério da Cultura (clique)

História de Silves em Medalhas - Igreja de Nossa Senhora dos Mártires (clique)

Manuel Castelo Ramos (Mestre em História de Arte), em texto escrito para figurar em quiosques multimédia, há cerca de duas décadas, e que integrou depois o "Guia da Cidade de Silves", página na Internet.



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Edições anteriores:








Património silvense (VIII) - As Casas Grandes



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