O autor de Limites de Luz dedicou-me, e ao meu amigo Manuel Ramos, o poema que transcrevo:
Silves
Há muito que o castelo deixou de
proteger contra o invasor do norte.
O tempo do rei-poeta existe apenas
nos seus versos: o Palácio dos Balcões,
o som dos alaúdes, as verdes margens
do rio, onde Intimad o embriagava
com o vinho dos seus lábios.
Agora, resta só a memória
desses dias. Mas a palavra moura
ainda resiste: na terra cor
de sangue; no quarto crescente
da lua; na vertigem branca
das amendoeiras em flor; no silêncio
quente das noites de junho.
1 comentário:
E dedicou muito bem.
Enviar um comentário