A civilização do al-Andalus, que se afirmou a partir do califado de Córdova (séc. X) e influenciou os povos que hoje constituem os estados de Portugal, Espanha e Marrocos, foi o tema unificador deste encontro de 54 indivíduos, de sete diferentes nacionalidades, que aqui se reuniram em Xauen sob a égide da Fundação al-Idrisi (hispano-marroqui).
Xauen é uma cidade privilegiada como repositório das memórias dessa civilização, preservadas pelas condições geográficas que a isolam no interior das montanhas do Rif, sobre o Mediterrâneo, onde se desenvolveu um dialecto próprio, com sintaxe e vocábulos cujas origens se confundem no romance e nos falares dos povos que há milénios sulcam as vias deste Mar, alimentados mais tarde pelos expulsos dos territórios da Península Ibérica, com particular destaque para os filhos de Granada.
Subsistem costumes e tradições judaicas, onde se inscreve o azul tão característico de Xauen.
Encerro por agora o tema. Regressarei quando a ocasião se proporcionar, como, aliás, sempre assim foi desde o primeiro post, há mais de um ano.
P.S. Clicando aqui poderá aceder a mais das minhas fotografias de Xauen.
sexta-feira, agosto 20, 2004
O al-Andalus
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