Um sufoco!
Em pleno centro histórico de Tavira, descer um declive de alguns metros em relação à base do castelo e atravessar as ombreiras de uma porta do séc. XVI, não é de todo surpreendente; porta entaipada por construção posterior.
Mas olhar as escavações arqueológicas, uns 3 metros abaixo do nível que pisamos, e avistarmos um bairro islâmico do séc. XI: as ruas, os muros das casas, as condutas de águas domésticas com poços de decantação, e imaginar que ali viveu gente como nós?!
E convidarem-nos ainda a descer, no interior da terra, mais alguns metros, com lanternas acesas que nos permitam ver, e depararmo-nos com resistentes muros de lama seca ao sol ou, um pouco ainda mais abaixo, largos e imponentes muros de pedra que sustentam um torreão fenício de há uma mão cheia de séculos anteriores a Cristo, é um mergulho no passado como nunca supus algum dia vir a fazer.
Foi um mergulho de mais de 25 séculos e sem "máquina do tempo", mas a imaginação voou, voou...
Sem comentários:
Enviar um comentário