- MAPA
I
O poeta
[o cartógrafo?]
observa
as suas
ilhas caligráficas
cercadas
por um mar
sem marés,
arquipélago
a que falta
vento,
fauna, flora,
e o hálito húmido
da espuma,
II
pensando
que
talvez alguma
ave errante
traga
à solidão
do mapa,
aos recifes desertos,
um frémito,
um voo,
se for possível
voar
sobre tanta
aridez.
Carlos de Oliveira
Micropaisagem
Publicações Dom Quixote, Lisboa 1969
2 comentários:
Depois de longa ausência que bom encontrar aqui um poema destes. Sempre acima das médias este blogue.
Um abraço amigo
curioso que ontem comprei uma antologia breve de Carlos de Oliveira e estive a ler este poema e a pensar lê-lo em voz alta.
quéfeito?
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