Como, cá dentro, me sinto assim como ela o diz, recorro ao olhar de uma amiga:
- Do olhar interior
do desencanto já nem sobram as sombras
só a linha contínua de um electrocardiograma
feridas sem destaque escondidas algures
limites sem contornos nem vedações
apenas, ampliando a secura, o grito
e o deserto perdido nas dunas
nem sopro, nem sombra
só um arfar que não sei se de raiva se de tédio.
Helena Monteiro
Linha de Cabotagem
3 comentários:
Gostei do poema da Helena, mas é proibido desanimar.
Desanimar? A secura traz sede e a água é fonte de vida.
Um abraço, meu amigo.
Andei por terras de D. Dinis visitando uma tia de idade e só agora vi o teu post. Obrigada. Tal como me diz o Torquato da Luz é proibido desanimar, mas é difícil!
Um abraço
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