Depois do percurso pela City, desci até à Catedral de São Paulo e percorri lentamente a Fleet Street, até Temple, precisamente no início da Strand.
Conhecia já esta zona, de Temple e da Strand, mas nunca antes tinha associado o nome - TEMPLE - a um templo dos Templ(ários), o que aguçou a minha curiosidade e veio a resultar no mais agradável e enriquecedor momento da minha estadia nesta grande urbe europeia.
No meio da agitação de uma das mais movimentadas zonas da cidade, vim a encontrar, para além de uma pequena porta entreaberta, o acesso a uma autêntica ilha de silêncio e recolhimento.
É ali mesmo, através desta porta branca, entreaberta, que se acede a um estreito caminho que conduz ao Templo, como indica essa informação, em fundo negro, na ombreira da porta anterior.
Creio que nunca teria descoberto o local, apesar do mapa que levava comigo, caso não tivesse inquirido um cavalheiro, perdão, gentleman que por mim passou.
Protegido por uma série de edifícios que o cercam, relacionados com o Supremo Tribunal de Justiça, num pequeno largo onde alguns funcionários gozavam uma pausa para almoço e lazer, ali estava o TEMPLE, do séc. XII, cujo traçado da parte circular lembra a Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, modelo habitual das igrejas templárias.
No centro do pequeno pátio uma coluna sustenta um cavaleiro templário, que transporta um outro no seu cavalo.
No interior, sob uma cúpula, em cuja base se recordam, a toda a volta, os nomes de vários cavaleiros, jazem no chão alguns outros, em sepulturas datadas do séc. XIII e cujas pedras tumulares reproduzem a efígie do sepultado.
Esta pequena e deliciosa jóia arquitectónica foi o meu grande achado desta visita a Londres.
Fiquei por largo tempo, ainda, no exterior do templo...
... ouvindo música, escrevendo e lendo, repousando um pouco após várias horas de passeio a pé. Foram momentos de muita tranquilidade e fruição estética os que vivi nesta ilha de silêncio, no meio do bulício da grande cidade.
Quem me diria em Londres!
P.S.
É só para lembrar que me vou ausentar de novo por algum tempo. Até breve!
quinta-feira, maio 04, 2006
Uma ilha de silêncio
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17 comentários:
Um dos locais interessantes que encontrei na Expo 98 foi o espaço interreligioso. Coordenado por várias confissões, sem símbolos, apresentava uma decoração minimalista, onde a água era um elemento importante, e apelava à serenidade e reflexão.
Interessante precisamente pelo meio em que estava inserido. Soube-me bem o pouco tempo que lá passei após horas de bulício na feira.
Obrigado pelo teu testemunho, que enriquece estas experiências de paz, de serenidade, de reflexão, num mundo que parece não parar só para não ter que olhar para si.
:)
Boas viagens, esperamos pelas novidades :)
Beijos
Obrigado, Nadir.
Um beijo.
É assim, meu amigo, que se descobre Londres essa que só se mostra a alguns.
Boa continuação de viagem.
Um abraço, Helena.
Obrigado.
obrigada por esta pérola k aqui nos deixaste. Vou anotar e um dia lá irei tmb. Bjs e ;) e boa viagem
Obrigado, TMara.
conheço bem esses 'arredores'mas o TEMPLE não descobri...que pena!
bj.
« Fiquei por largo tempo, ainda, no exterior do templo...... ouvindo música, escrevendo e lendo, repousando um pouco após várias horas de passeio a pé. Foram momentos de muita tranquilidade e fruição estética os que vivi nesta ilha de silêncio, no meio do bulício da grande cidade. »
É assim que se escuta e sente "o espírito dos lugares" e que se aprende com as viagens. Foi assim que aprendi a viajar para saber e não somente ver. Riquíssimo saber o seu. Boa continuação de viagem ( agora para outras paragens ?) e espero para ler o que encontrou. Bom regresso.
Abraço,
fsm.
Enfim, alguém viu Londres. Dizia-se que niguém nunca a vira. Porque o fog não o permitia e se não havia fog então não era Londres.
A continuação de boa viagem ...
Bjks da Matilde
...
Sanrtos Passos
Finalmente alguém consegue ver Londres sem fog; e logo um português.
Meus amigos
Um abraço grande a todos os que aqui vieram na minha ausência.
Olá caro amigo, espero que faça boa viagem e que quando voltar dê uma espreitadela em vidasobrerodas.blogs.sapo.pt
Um abraço!
Aldo alex
Já voltei, meu caro.
Irei visitar essa vida, como se fora sobre rodas.
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