HFR, um amigo que conheci através do seu blog e das afinidades que assim se geraram, presenteou-me com um poema de Emiliano da Costa (Tavira):
- (dedicado a João Lúcio)
No fundo bizantino, em oiro cromo,
De cada tarde o Sol esplende tanto!
Tu vives nele, ao alto onde me assomo,
Poeta, como na arte vive o acanto.
A abelha, o azul, um canto de ave, um gnomo.
A Natureza num radioso encanto,
Nessa poesia se estiliza como
Em plena luz a flor de um helianto.
Dobram-se as folhas em volutas jónias.
O teu influxo ardente como fez
Nos nectários perlar as ceratónias!...
Que o Sol flameje em tudo e tudo cante:
- Glória à Cor! Ao poeta Verones!...
E o Algarve a humilde palma lhe alevante.
(in "Heliantos", 1925)
1 comentário:
Essa série está cada vez melhor.
Abração
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