sexta-feira, maio 12, 2006

Na rota do Al-Ândalus


Regressei de onde sempre estive.
Para além do teor formal das comunicações dos especialistas e das visitas especializadas, o encontro dos afectos e das sensibilidades: de portugueses, espanhóis e marroquinos; de muçulmanos, cristãos, judeus ou sem religião; dos que se expressavam em português, em castelhano, em francês, em árabe, em hebraico, em dialectos berberes ou judeo-marroquinos.
No meio de tanta diferenciação, o seio de uma civilização comum, a vontade e a urgência de um diálogo sobre o que nos identifica e que se manifestou na amizade que soubemos construir.

P.S.
O meu obrigado a EmocionalTur pela transcrição e referência.

17 comentários:

Torquato da Luz disse...

É sempre bom regressar de onde sempre se esteve. E afirmá-lo como tu sabes. Aquele abraço, Toy.

Unknown disse...

Devolvo-te o abraço que nunca desfizemos.

hfm disse...

"No meio de tanta diferenciação, o seio de uma civilização comum, a vontade e a urgência de um diálogo sobre o que nos identifica e que se manifestou na amizade que soubemos construir."

Se os povos soubessem fazer isto como o mundo seria diferente!

Nos dias que correm é bom ler palavras como estas.

Um abraço

Unknown disse...

Compreendes bem a urgência da construção de pontes que liguem os povos do Mediterrâneo.
Um abraço, Helena.

Carla disse...

Bjx e bom fim de semana

Rosmaninho disse...

Bom Dia!

"O encontro dos afectos e das sensibilidades..." não necessita de especialistas... permanece para além...de tudo.

Um beijo

Unknown disse...

Se bem que os afectos também gerem desafectações e, por vezes, se encontrem pessoas demasiado sensíveis. :-)
Um beijinho.

Unknown disse...

António
ainda bem que regressou... estava com saudades... a ilha do silêncio já estava a deixar um silêncio pesado.

um beijo

Unknown disse...

Aqui deixo-te um beijo, no Sonhoasul, deixei-te os meus parabéns.

Anónimo disse...

« Regressei de onde sempre estive. »

Uma frase que muito diz e que sinto muito profunda. Há sítios que são assim : em parte incerta, estamos sempre neles, mesmo que, fisicamente, muito distantes. Pertencem-nos e nós a eles. Também penso que, se preservamos esta "vontade e a urgência de um diálogo sobre o que nos identifica e que se manifestou na amizade que soubemos construir.", porque é tão difícil o entendimento entre povos e culturas ? Será que o sabor da vida está na dificuldade ? Bom, gostei de o saber por cá...na esperança de ler relatórios das impressões.
Grande abraço,
fernanda.

Anónimo disse...

Olá caro amigo, espero que faça boa viagem e que quando voltar dê uma espreitadela em vidasobrerodas.blogs.sapo.pt
Um abraço!
Aldo alex

Unknown disse...

Melchom
Seu diabinho irrequieto, que não se queda num só blog, aqui estou, com a aragem do deserto.
Obrigado pela visita, que sempre estimo.

Unknown disse...

Fernanda
Apaguei algo que tinha escrito sobre a perturbação que se introduz no diálogo entre as religiões que têm como princípio a expansão da sua fé, a "evangelização".
Agora reescrevi, sumariamente.
Não acha que quando se tem o dever do apostolado se está sempre a tentar "levar a sua avante", por obrigação de fé?
Creio que este é um problema das religiões do "Livro".

Unknown disse...

Aldo
Já te respondi noutro local. Andaste para aqui a espalhar mensagens.
Um abraço.

Associação Por Boassas disse...

Salam Halik, caríssimo

Apenas para dizer que este (belíssimo) texto relembra a nossa herança do al-Ândalus... Uma civilização que teve o seu expoente na interacção multicultural de diversos povos, culturas e religiões. Recordo as palavras de um neo-muçulmano de Córdova que me dizia: "Eu não defendo a tolerância, porque isso é já uma forma de ser xenófobo... Eu defendo a mestiçagem. É assim que entendo a herança do al-Ândalus."
Até breve
Cerveira Pinto

Unknown disse...

Obrigado pelas suas palavras, Cerveira Pinto.
Um abraço.

Unknown disse...

As máquinas captam o que os nossos olhos vêem através da objectiva e normalmente segundo uma perspectiva que os nossos olhos não conseguem configurar. Tiramos fotografias precisamente para guardarmos essas imagens.
Se as guardasse no pensamento já as teria esquecido há muito, Clitie.