- Mãos
túrgidas no amanho do peixe
ágeis sobre as teclas de um piano
calejadas no esforço da picareta
hábeis na moldagem do barro
nervosas num momento de tensão
humedecidas na convulsão do choro
frementes no apelo do desejo
largas na expressão da dádiva
abertas ao acolhimento
em punho na explosão da raiva
trucidadas num acidente de trabalho
envelhecidas pelo passar do tempo
quentes num coração frio
frias num coração
quente quando num gesto de afeição.
Recordando uma outra fotografia comentada - Como uma almenara (clique) - publicada em 8 de Agosto de 2003.
15 comentários:
tal como as mãos as tuas palavras desdobram-se.
Belo texto, Toy!
Comunicar... é para isso que servem os blogs... também!
Visita-me!
[Obrigada pela gentileza. Já coloquei e ousei "linkar" o seu blogue n'"OS SÍTIOS POR ONDE GOSTO DE PASSEAR", no meu simplório MATEBARCO. ( para visualisar as fotos é preciso clicar no respectivo item, pois por uma razão que desconheço, ontem ficaram escondidas, mas estão lá )
http://matebarco.multiply.com/
Uma abraço.]
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Belo tributo às MÃOS !
Há mãos para tudo! Obrigada por ter usado as suas para nos dar a conhecer este lindo poema! É seu?
Muito bom msm este poema!força...abraço
Maria Lúcia, é claro que o texto é meu. Não iria usar o texto de outro sem o nomear, não acha?
Obrigado pela visita.
K27
Obrigado.
Fernanda
Já falei do meu reconhecimento noutro lugar, mas não me importo de repetir que quem agradece sou eu.
Helena e Torquato
Obrigado, meus amigos.
Joana
Prometo visitar. 'Tá!?
Acho, e prometo voltar! Assim as suas mãos continuem!
António: acabei de escrever um comentário ao teu comentário... no meu blog!
A tua imagem de apresentação sugere-me um espaço e um tempo que serão sempre a minha grande nostalgia...
Quanto à minha tese sobre as palavras irá desenrolar-se até me permitir a necessária catarse...
Obrigada pela gentileza das tuas palavras!
a várias mãos... com vários fôlegos!
gostei muito.
Abraço.
JF
Obrigado, Jorge.
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