Já tinha notado que a cadência do meu blog estava a ficar demasiado centrada nestes meus desapontamentos locais.
Pois ainda não é desta vez que me consigo libertar da pressão local.
A administração da cidade não deveria ter gostado de ver toda a gente que por aqui passou, alegremente em passeio ou exercício, durante o fim-de-semana, e logo pela manhã de terça-feira, eu e cerca de uma dezena mais de outros como eu, pelo que conheço nesta minha hora habitual de exercício, vimo-nos confrontados com o encerramento da pista, impedindo o acesso à margem do rio.
É certo que esta barreira de arame agora erguida tinha sido derrubada, mas não entendo o porquê, apesar do atraso das obras, para este encerramento. Bem poderia ter ficado uma pequena abertura para os transeuntes, já que o que se pretende evitar, julgo eu, seja a entrada e estacionamento de veículos sobre a pista, visto que as dificuldades em estacionar obrigam os condutores a aparcar nas mais inverosímeis situações.
Pode até haver um motivo muito plausível para o encerramento, que eu não vislumbre, mas o crédito dos motivos plausíveis está esgotado, num parque cujas obras estão paradas há meses e se previa, no "planeamento científico do POLIS", estar terminado em Maio do ano passado.
Estou sem acesso a esta margem do rio, da ponte para jusante, vedado por causa de obras, paradas desde Fevereiro do ano passado.
Devolvam-me o rio, por favor, para poder regressar ao silêncio, à paz de espírito que agora só encontro na música que prefiro ouvir, já que esta cidade parece que não quer resultar.
Quem me lê, que fique aqui também um pouco, na companhia de Carlos Bica e do seu contrabaixo.
Vão ver que vale a pena!
quarta-feira, março 07, 2007
Devolvam-nos esta margem do rio
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4 comentários:
Quando a Câmara pagar o que deve ao empreiteiro, a vedação será retirada.
Hoje tambem me vi impedido de passar para o outro lado...Achei estranho...
Alias acho tudo muito estranho...obras paradas,etc. Inacreditável,o ponto até onde as coisas chegaram! abraço
Obrigado pela visita activa.
Eu não peço apenas a devolução da margem do rio, mas sim a devolução da cidade no seu todo e inteira, que saudades de respirar paz em silves..
deixo um beijo
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