quinta-feira, maio 27, 2004

O meu apreço, nas palavras de Ramos Rosa

Assisti a uma noite de poesia e música com José Louro, Sandro William Junqueira e Fernando Aires catalisados por António Ramos Rosa.
Aconteceu na passada segunda-feira, à noite, por ocasião da "Festa do Livro", em Lagoa. Vi os livros, mas perdi a festa; faltaram as pessoas.
Agradeço o bom momento que me proporcionastes e a mais alguns, poucos, apesar dos incómodos provocados por ruídos de trabalho que poderiam ter tido lugar em melhor hora, por crianças que há tempo deveriam estar a repousar e por adultos que, seguramente, não gostam de poesia, pois preferiram estar a conversar, em tom elevado, na sala ao lado.
Envio-vos o meu apreço, nas palavras de Ramos Rosa:

    Um signo
    talvez um lábio
    a cálida harmonia
    em que o mar concentra a sua imagem
    uma árvore dócil
    de abundância suave
    um anel voluptuoso
    um sossego de acaso
    uma anuência à matéria mágica
    de um minuto
    um crepúsculo de eternidade amada
    em volúvel confiança no silêncio

António Ramos Rosa
A Intacta Ferida
Relógio D'Água, Lisboa 1991



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