quarta-feira, julho 21, 2004

Esta alegria que vem não sei de onde, nem porquê

Três posts sucessivos com Casimiro de Brito!?
Estes três posts também representam três dias sucessivos do seu diário e o que eles me dizem, e que convosco pretendo partilhar, tornou-se mais urgente do que as outras coisas que eu, porventura, poderia querer dizer. A 21 de Julho de 2000, Casimiro escrevia:

    Não direi que esqueci os rostos de que não me lembro. Que não permanecem algures no meu ouvido os poemas que esqueci. Que deixei de amar quem amei. Não direi que perdi as veredas por onde caminhei na infância, lembro-me de alguma coisa, não sei de quê, um fio de água que se perdeu na terra do ser quando a terra do ser foi fresca. Há esconderijos que desconheço, raízes, cisternas cobertas de relva, há, é preciso que haja alguma coisa escondida para que se possa explicar esta alegria que vem não sei de onde, nem porquê.



Sem comentários: