Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
Viagem através de uma nebulosa, 1960
P.S. Chamo a atenção para um texto de outro poeta algarvio, Gastão Cruz, de homenagem a Ramos Rosa, no Público de hoje.
1 comentário:
Obrigado António, pela dica.
Abraço do helder.
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