domingo, outubro 17, 2004

Pelos 80 anos de Ramos Rosa

      © Instituto Camões

        • Para um amigo tenho sempre um relógio
          esquecido em qualquer fundo de algibeira.
          Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
          São restos de tabaco e de ternura rápida.
          É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
          É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.

      António Ramos Rosa
      Viagem através de uma nebulosa, 1960

P.S. Chamo a atenção para um texto de outro poeta algarvio, Gastão Cruz, de homenagem a Ramos Rosa, no Público de hoje.


1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado António, pela dica.
Abraço do helder.