quarta-feira, março 23, 2005

ÁGUA


A comemoração, a seca, as notícias mais ou menos alarmistas dos jornais e o GOOGLE quase me forçam a falar sobre a água: a sua falta e a sua aparente abundância.

Quanto à falta, a evidência já afecta pessoas, animais e colheitas no dia-a-dia e a seca parece prolongar-se por tempo nunca antes atingido, nesta nossa época de registo sistemático e estatístico.
Quanto à aparente abundância, pelo menos neste meu Algarve, a evidência está nas barragens que se dizem necessárias e que não mais se constroem, nas piscinas privadas que irrompem por todo o lado, nos campos de golfe (hodiernos latifúndios do turismo, a gerar "sede" de mais e ainda mais, numa monocultura criadora de dependências), sem regulamentação quanto à utilização de água potável, nos aquíferos que já apresentam níveis de risco e contudo perdem quantidades enormes de boa água nos seus afloramentos de superfície, correndo para os rios e para o mar.

Sem comentários: