A religiosidade das pessoas é intocável. Defendo esta atitude, mas há pessoas sem religião, tão convictas como qualquer religioso convicto, cuja posição também não deveria ser molestada.
Num país onde a maioria é religiosa, o agnóstico ou o ateu são minoritários. Perante uma posições deísta, ou informa, simplesmente, que não é crente, ou reage, contrapondo ideias e estabelece-se um diálogo onde ninguém terá razão, pois a religião não é, acho eu, uma questão racional; os católicos afirmam tratar-se de uma questão de fé.
Proponho duas afirmações:
- Deus é bom. Só faz o bem.
- Se deus existe, é mau; uma catástrofe é indesculpável.
Como se sentem os não-crentes?
E os crentes?
P.S. Há deístas que não são religiosos. Falo em religiosidade para facilitar a exposição e a compreensão do que digo.
6 comentários:
Agnóstica convicta não me revejo em nenhuma das afirmações.
Cada um sentirá e viverá de acordo com as suas convicções e terei até muito prazer em trocar ideias por muito contrárias às minhas que sejam com uma única excepção - não suporto fundamentalistas!
Arrogar-se da posse da verdade é para mim uma estupidez e uma mesquinhez (rima e tudo!)
E isto funciona para a religião como para todas as coisas.
Um abraço e gostei de te ver avançar por estes caminhos.
Não sei se Deus existe ou não.
Sei que vivo numa permanente dúvida quanto a isso.
Felizes são, penso, os que não têm dúvidas. Num sentido ou no outro, é claro.
O abraço de sempre.
Tou com a Sara. Figurativamente, claro. Não me parece que deus exista, e não sinto a mínima falta de um deus para explicar o que quer que seja, mas se ele um dia me aparecer à frente, lá terei de acreditar, pois então. Entretanto, reservo-me o direito de correr com todos os jeovás (e eles dizem sempre: "jeovás não: testemunhas!") que me venham chatear a casa.
O questionar a existência de Deus já é prova suficiente da sua existência. Se Ele não existisse, realmente, também o Homem não teria a dúvida dentro de si.
Quando me levaram à caça dos "gambusinos" também duvidei. Fiquei agora a saber que só o simples facto de ter duvidado é prova suficiente de que eles existem.
Agradeço o facto de te sentires bem num espaço onde deus não está presente.
Não brinco com o que estou a dizer, sinceramente; não preciso de deus para tentar entender o que quer que seja deste mundo.
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