Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar
Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu
Zeca Afonso
3 comentários:
Ao tempo que não vinha a Silves, António. Mesmo que seja em maio é sempre agradável dar cá um pulinho.
Um abraço.
Belo poema todo Zeca Afonso.
Que se me perdoe se junte o seu poético "maio" ao meu "maio" prosaico, para lhe perguntar como se pede um comentário ao blog que hoje iniciei e a que falta o espaço de interacção indispensável.
Convido-o meu caro correspondente a visitar-me a qualquer hora do dia e da noite em:
meusinstantaneos.blogspot.comCumprimentos e, de antemão, obrigado.fcr
António:
Aqui ficam, também, os nossos Maios, Abris e outros que tais!
Um abraço do helder.
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