Outro dia, em plena blogosfera, um poeta oferecia a sua alma.
Eu aceitei e estou certo de que todos ficarão a saber porquê.
Alma
Quero dar-te o essencial:
o som de uma guitarra ao fim da tarde,
o piano de Chopin tocando ao longe
e o odor a jacarandá na Praça das Flores.
Quero dar-te o pôr-do-sol da ria de Faro
e o verde, a perder de vista,
que escorre das muralhas do castelo de Silves.
Quero dar-te o límpido horizonte
de Armação de Pêra, onde aprendi a amar o mar,
e o branco-rosa das amendoeiras
de Alcantarilha, meu eterno recomeço.
Quero dar-te a minha alma.
Torquato da Luz, 2005
Ofício Diário
3 comentários:
Tão bonito este poema de uma alma do sul.
Permita-me, Antonio, ser prosaico: o que Armação de Pera me lembra é um peixe maravilhoso que comi junto à areia, num boteco/restaurante fantástico que lá há. Se não me engano, é Carlos, algo assim. Tudo muito prosaico, mas delicioso.
Mais um abraço, Toy!
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