É talvez uma urna uma lâmpada uma flor
um vaso de veludo
uma lança solar
ou apenas um traço negro em torno
de um ponto azul
Algo que não sei
uma felicidade tão leve tão frágil e tão nua
o desejo de nomear
uma pele fresca de lua uma mulher de chuva
o perfume azul de um corpo adivinhado
ou um oásis de silêncio a brancura de um lírio
que nascesse do seio do espaço
Branca dourada ou transparente
flexível como a água ou uma folha oval
apenas esboçada vacilando
luz misteriosamente pura
inacessível já voando para o altoAntónio Ramos Rosa
Antologia Poética
Lâmpadas com alguns insectos (1992)
Publicações Dom Quixote, Lisboa 2001
quarta-feira, junho 29, 2005
O perfume azul de um corpo adivinhado
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