O segundo dia vou dividi-lo em dois períodos: o da manhã e o da tarde.
O da manhã foi um período técnico, de divulgação de estudos sobre o turismo em espaço rural e o turismo cultural, nas ópticas do complemento ao sol e praia e ainda da defesa do património.
Foi o melhor momento deste Seminário.
Houve importantes chamadas de atenção para o perigo do economicismo na divulgação cultural, o reduzido envolvimento da população, a degradação patrimonial perante a pressão do turismo de massas, a destruição da identidade local e perda de genuinidade, o erro de desenvolver as cidades para o turismo em vez de as desenvolver dando lugar ao turismo, ... bem como apelos à procura do diálogo e de soluções para os conflitos entre gestão cultural e gestão turística, que os há.
A parte da tarde também mereceu duas apresentações e estudos do foro técnico, relacionadas com o Projecto POLIS e a importância do sistema de informação geográfica.
Sobre este assunto dos estudos técnicos quero dizer que, por melhor imaginados e concebidos que estejam, são e serão sempre passíveis de crítica e de erro.
Ninguém poderá acreditar que não haveria outras possíveis abordagens.
Eu, pelo que me toca, achei inadequadamente paternalista a atitude da pessoa que dirigia a Mesa, José António Silva (em representação da Confederação do Comércio), ao proclamar que o modelo teórico que suporta estes estudos, e assim se referiu ao projecto Polis e ao trabalho sobre informação geográfica, não tem contestação possível, como que inibindo quem ali os quisesse questionar. Ao longo da sessão procedeu assim por mais duas ou três vezes.
Fiquei a pensar se haveria algum receio de contestação a propósito destas comunicações ou das comunicações que se seguiriam.
Essas minhas considerações ficam para o episódio seguinte. Amanhã.
quarta-feira, junho 22, 2005
Está aí o verão algarvio (II)
(Continuação)
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4 comentários:
Meu caro Toy, a tua paciência é infinita. Eu, francamente, aproveitava para ir à praia, sei lá...
O eterno medo da contestação... o enorme medo da crítica... o enorme medo de conhecer outro olhar... o pequeno feitio de avestruz!
Ó Torquato!
Se for à praia, particularmente à nossa Armação de Pêra, acaba-se-me a paciência infinita. Chego mesmo a perder a paciência.
Também tens razão, Toy!
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