Um poema mais e encerro uma semana inteira com Fiama.
- ESTRADA DE FOGO
Pedra a pedra a estrada antiga
sobe a colina, passa diante
de musgosos muros e desce
para nenhum sopé;
encurva, na abstracta encruzilhada;
apaga-se, na realidade. Morre
como o rastilho do fogo,
que de campo em campo aberto
seguia, e ao bater na mágica cancela
dobrava a chama, para uma respiração,
e deixava o caminho do portal
incólume e iniciado.
Fiama Hasse Pais Brandão
ECOS
OBRA BREVE
Assírio & Alvim, Lisboa 2006
2 comentários:
Grande semana!
Helena
Com Fiama sinto-me em casa e por aqui as coisas estão tão feias que nem me apetece falar delas, embora sinta que o deva fazer.
Um abraço.
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