sexta-feira, setembro 17, 2004

Mediterrâneo: mar de paixões

Durante a minha estada no Rif - as montanhas do Norte de Marrocos, sobre o Mediterrâneo - tive o ensejo de entrar em contacto com a poesia de Mohamed Chakor, já falecido, mas que me foi dada a conhecer por um seu amigo pessoal. Dela ressumam as grandes preocupações e as urgentes aspirações dos que habitam a sua terra. É esta a mesma gente que, deste lado do Mediterrâneo, nós confundimos por entre as generalidades que comportam as palavras árabe ou muçulmano, e que a histeria xenófoba e agressiva classifica como inimigos do Ocidente ou potenciais terroristas. O povo anónimo não aspira senão à paz e à melhoria das suas condições de vida, e é tão permeável como qualquer outro às mistificações do seu tempo e da sua sociedade.

  • Mediterráneo: mar de pasiones

                  Un poeta que estuviera satisfecho
                  del mundo en que vive,
                  no seria poeta.
                  Giovanni Papini
    Pueblos ribereños del Mediterráneo, uníos!
    Pugnas fratricidas empañan las aguas cristalinas.
    En la cuna de la Sagrada Escritura y Alcorán
    consuman holocaustos como Próximo Oriente, Balcanes...
    Y en la era, de Derechos Humanos degüellan a los pueblos,
    que caen víctima de la doble moral de los amos del mundo.
    El terrorismo no es el camino de la paz. No puede serlo.
    Enemigos implacables se oponen a la convivencia
    de la Estrella de David, de la Meca y de la Cruz.
    Sin el pluralismo, la tolerancia y el amor,
    nuestro mar de pasiones es herida sangrante.
    Versos y claveles han de relevar a los misiles.
    El legado cultural es el tesoro del Mediterráneo,
    donde eclosionaron religiones, democracia, derecho...
    donde deben reinar libres la idea y la palavra.

    Mediterráneo, querida patria luminosa!


Mohamed Chakor
Latidos del Sur


2 comentários:

Anónimo disse...

Meu querido Mediterâneo
Minha grande Pátria

Anónimo disse...

Belo!