Durante a minha estada no Rif - as montanhas do Norte de Marrocos, sobre o Mediterrâneo - tive o ensejo de entrar em contacto com a poesia de Mohamed Chakor, já falecido, mas que me foi dada a conhecer por um seu amigo pessoal. Dela ressumam as grandes preocupações e as urgentes aspirações dos que habitam a sua terra. É esta a mesma gente que, deste lado do Mediterrâneo, nós confundimos por entre as generalidades que comportam as palavras árabe ou muçulmano, e que a histeria xenófoba e agressiva classifica como inimigos do Ocidente ou potenciais terroristas. O povo anónimo não aspira senão à paz e à melhoria das suas condições de vida, e é tão permeável como qualquer outro às mistificações do seu tempo e da sua sociedade.
Mediterráneo: mar de pasiones
- Un poeta que estuviera satisfecho
del mundo en que vive,
no seria poeta.
Giovanni Papini
Pugnas fratricidas empañan las aguas cristalinas.
En la cuna de la Sagrada Escritura y Alcorán
consuman holocaustos como Próximo Oriente, Balcanes...
Y en la era, de Derechos Humanos degüellan a los pueblos,
que caen víctima de la doble moral de los amos del mundo.
El terrorismo no es el camino de la paz. No puede serlo.
Enemigos implacables se oponen a la convivencia
de la Estrella de David, de la Meca y de la Cruz.
Sin el pluralismo, la tolerancia y el amor,
nuestro mar de pasiones es herida sangrante.
Versos y claveles han de relevar a los misiles.
El legado cultural es el tesoro del Mediterráneo,
donde eclosionaron religiones, democracia, derecho...
donde deben reinar libres la idea y la palavra.
Mediterráneo, querida patria luminosa!
Mohamed Chakor
Latidos del Sur
2 comentários:
Meu querido Mediterâneo
Minha grande Pátria
Belo!
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