Recordo-me perfeitamente de ter lido este texto de Pacheco Pereira e concordado com o seu prenúncio do proceder populista do governo de Santana Lopes. Achei estranho que tivesse sido escrito no início de Agosto, como ele afirma, pois eu não estava em Portugal nessa altura. Fui verificar. Está na Internet desde 8 de Julho.(Creio que foi enganado por esta confusão com a leitura de datas, introduzida com a adesão à Comunidade Europeia, e que, francamente, não sei se é ou não respeitada pelos outros países. 8.7.04 quer dizer 7 de Agosto ou 8 de Julho?)
"Existe em certos sectores da direita e da esquerda intelectual portuguesa a ilusão que um governo Santana Lopes será um governo que prosseguirá políticas liberais, ou, como pejorativamente agora se diz, “neo-liberais”. Enganam-se completamente. Se há coisa que em Portugal sofrerá com o populismo é o discurso genuinamente liberal. O populismo é nacionalista, defensor da closed shop, “social” e clientelar. O populismo será alicerçado em duas coisas muito próximas na vida política portuguesa: um discurso social, que pode mesmo chegar a ser socializante, e na gestão de clientelas. É uma fórmula muito eficaz em Portugal, potenciada agora pela forma como actuam os media. (...)"
A sua leitura aqui, neste local, não impede, antes estimula, a percepção do contexto em que este escrito de Pacheco Pereira foi produzido:
- Ingenuidades às 10h18 de 8.Jul.04, Levar às 14h14 do dia 19.AGO.04 (com saída para o texto de João Pedro Henriques, no Público) e Levar 2 às 01h37 de 20.AGO.04.
Particularmente no que se refere a Ingenuidades, do dia 8.JUL.04, atrevo-me a aconselhar que suba até ao menu do browser, faça Editar > Localizar e aí procure por "Santana Lopes".
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